O câncer de mama interrompeu 488 vidas de mulheres baianas somente até junho de 2021. No mesmo período, 1,6 mil pacientes foram internadas por conta da doença na Bahia, segundo mostram os dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). A maior incidência aconteceu entre as mulheres com idades entre 50 e 59 anos, que representam 26% das mortes (127). Logo em seguida, a faixa etária que apresentou mais casos de morte foi a de 40 a 49 anos, 18,4% do total (90). Segundo especialistas, quando o tumor é encontrado com até 1 centímetro, as chances de cura ficam acima de 90%. Por isso o diagnóstico precoce é tão importante.
A professora Rosenildes Rios, 48 anos, aprendeu sobre o diagnóstico precoce ao incentivar outras mulheres a se cuidarem. Em 2018, a escola em que ela trabalha realizou uma campanha alusiva ao Outubro Rosa – o mês é dedicado à prevenção do câncer de mama. “Eu vi que estava incentivando as pessoas a fazerem mamografia e realizarem autoexame, mas eu mesma não estava fazendo isso”, conta. Ao praticar o autoexame, a professora identificou um nódulo, realizou os exames e recebeu o diagnóstico positivo para o câncer.
O caminho não foi fácil. Embora tenha terminado o tratamento com quimioterapia e radioterapia em janeiro de 2019, ainda segue fazendo a hormonioterapia. “Quando eu descobri que estava com câncer de mama, o chão se abriu, tive medo da morte. Foi uma dor muito grande porque eu pensava que podia deixar as pessoas que eu amo. Chorei muito, tive noites sem dormir. Só me acalmei depois da primeira consulta, quando o médico me explicou o processo do tratamento e falou dos avanços da medicina. Aí eu fiquei mais confiante, tive esperança e passei a buscar a minha cura”, conta Rosenildes.
Fonte: Correio24horas.
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