Os cinco jovens presos neste sábado (24) após o roubo a um apartamento na Mansão Pedro Calmon, em Ondina, fazem parte de uma quadrilha radicada em São Paulo, especializada em furtar apartamentos de luxo. O bando é formado por mais de 60 pessoas, a maioria jovens descendentes de asiáticos e árabes. Após o núcleo de inteligência da quadrilha levantar informações sobre possíveis alvos, outros membros partem para ação.
Antes restrita ao estado de São Paulo, a organização está ampliando as ações para outros estados do Brasil. Vestidos como pessoas de classe média, eles dizem ser parentes da vítima e conseguem acessar o prédio de luxo. Após a prisão de um envolvido de 22 anos, na tarde de sábado, na Rua Sabino Silva, a polícia conseguiu chegar ao restante do grupo na BR-116, em um posto de gasolina na cidade de Milagres (BA), em uma ação integrada das polícias militar, civil e rodoviária federal. A quadrilha estava hospedada em uma pousada no bairro de Itapuã, em Salvador.
Este integrante e o restante do bando havia acabado de furtar um apartamento na Mansão Pedro Calmon quando foi visto por um morador do prédio, andando com uma mala pela Rua Sabino Silva. O próprio morador abordou ele e os outros membros do grupo que estavam do outro lado da calçada conseguiram fugir. Uma viatura da PM passava pelo local e efetuou a prisão junto com o morador. Na mala carregada por ele, havia joias roubadas de dentro de um cofre do apartamento.
Segundo um policial que participou da operação, antes de roubar a Mansão Pedro Calmon, o grupo tentou entrar em um prédio na Rua Waldemar Falcão, mas o porteiro desconfiou e não permitiu o acesso. Em contato com o Departamento de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo, a polícia paulista informou que ele pratica roubos desde os 14 anos e tem várias passagens pelo Deic.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP/BA), além da Mansão Pedro Calmon, o grupo realizou outros assaltos nos bairros da Barra e Graça. O grupo é formado por quatro homens e uma mulher. Entre os criminosos, estão dois adolescentes de 15 anos e um adulto, todos paulistas.
Metro 1/ Tribuna do Recôncavo
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