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Primeiro foguete comercial lançado do Brasil explode após decolagem

  • Foto do escritor: Nova Amargosa FM
    Nova Amargosa FM
  • há 13 minutos
  • 2 min de leitura
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O primeiro lançamento comercial de um foguete realizado em território brasileiro terminou com a queda do HANBIT-Nano poucos segundos após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o veículo apresentou uma anomalia logo após sair da plataforma e colidiu com o solo.

De acordo com a FAB, o lançamento ocorreu às 22h13 desta segunda-feira (22), no âmbito da Operação Spaceward. O foguete iniciou a subida em trajetória vertical conforme o planejado, mas o voo foi interrompido pouco depois.

Equipes da Aeronáutica e do Corpo de Bombeiros do CLA foram deslocadas para a área de impacto para avaliar os destroços e as condições do local. A FAB informou ainda que os protocolos de segurança, rastreamento e coleta de dados foram cumpridos integralmente, seguindo padrões internacionais do setor espacial.

A empresa Innospace, da Coreia do Sul, responsável pelo desenvolvimento do foguete, atua em conjunto com a FAB e outros órgãos na análise dos dados do voo para identificar as causas da falha. A Aeronáutica afirmou que novas informações serão divulgadas conforme o avanço das investigações técnicas.

O incidente foi acompanhado ao vivo por transmissões na internet. Um canal especializado em temas espaciais registrou o momento da decolagem e relatou uma explosão poucos segundos depois. A própria Innospace também transmitia a Operação Spaceward, mas interrompeu o sinal após o ocorrido, exibindo um aviso informando a detecção de uma anomalia durante o voo.

O lançamento havia sido inicialmente previsto para novembro e sofreu cinco adiamentos, quatro deles na semana anterior ao voo. Segundo a FAB, a janela de lançamento — período em que as condições orbitais e de segurança são adequadas — se encerrava nesta segunda-feira.

O HANBIT-Nano transportava oito cargas experimentais, sendo sete brasileiras e uma indiana. Entre os equipamentos estavam dois nanossatélites desenvolvidos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), voltados a estudos de comunicação de baixo consumo energético para aplicações em Internet das Coisas. A carga incluía ainda um satélite educacional, testes de tecnologias como painéis solares e sistemas de navegação, além de mensagens produzidas por estudantes da rede pública e de comunidades quilombolas.

A Operação Spaceward envolve cooperação entre o setor público e a iniciativa privada. A base de Alcântara é administrada pela FAB, enquanto a Innospace foi responsável pelo transporte, montagem e verificação do foguete. A Agência Espacial Brasileira (AEB) atua como órgão regulador, encarregada do licenciamento e da fiscalização do lançamento.

O episódio ocorre mais de 20 anos após o acidente de 2003 em Alcântara, quando a explosão do foguete VLS-1, durante preparativos em solo, resultou na morte de 21 técnicos e engenheiros. Desde então, o Brasil revisou políticas e programas estratégicos do setor espacial, com foco na ampliação da segurança e no desenvolvimento de tecnologias nacionais.

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