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Foto do escritorNova Amargosa FM

Integrantes do MST ocupam mais uma fazenda às margens da BA-250, no município de Jaguaquara


Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam duas fazendas no Vale do Jiquiriçá em duas semanas. A primeira ação ocorreu no dia (30/01), quando homens e mulheres caracterizados de assentados com bandeira e bonés do MST ocuparam uma fazenda que funcionava como sede da extinta EBDA – Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, entre os municípios de Jaguaquara e Itiruçu, cuja área de 3 mil hectares ainda pertence ao Estado e foi cedida pelo Governo a Prefeitura de Itiruçu para uso do espaço.


Neste domingo (05), integrantes do mesmo grupo adentraram numa estruturada fazenda que fica às margens da BA-250, denominada Fazenda São Jorge Correia, pertencente a herdeiros de um fazendeiro da região, com 200 hectares.

No local, líderes do movimento se reuniram por volta das 16h, mas não quiseram falar com à imprensa, afirmando que não estariam orientados a conceder entrevista, alegando que houve distorção de informações sobre a primeira invasão, ou ocupação, ocorrida na semana passada. Durante a reunião na cancela da fazenda, um dos representantes pediu a união dos participantes. ”Nós temos que nos unir, porque serão três anos de luta para que a gente possa garantir terras. Aqui, nós somos todos iguais, temos o mesmo direito. Governo só trabalha com pressão. O nosso movimento é referência para o Brasil”, disse um home.

No ato anterior, quando a fazenda da EBDA foi ocupada, o líder do movimento da região da Chapada Diamantina, Abraão Brito da Silva falou em vídeos que circularam na rede social, tendo afirmado que o objetivo da ocupação é obter uma resposta do Governo para criação de assentamentos. ”A nossa trajetória é ocupar terras para produzir alimentos. O MST não ocupa terra que nãos seja improdutiva e sempre procura o diálogo”, justificou Abraão, que fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o acusando de ter beneficiado empresários ligados ao agronegócio e de não dialogar com o MST no Brasil.

No mesmo território de identidade, no Vale, eles já teriam ocupado, em novembro do ano passado a Fazenda Gentil, no município de Maracás e a Fazenda Redenção, localizada entre Planaltino e Irajuba. Na ocasião, o Movimento chegou a emitir uma nota. ”As famílias são de trabalhadoras e trabalhadores que viviam nas periferias e estão passando dificuldades. Os agricultores já se organizam para a produção de alimentos e construção dos barracos para moradia”, disse, em nota que justificava as intervenções em propriedades rurais da região em 2022.


Blog Marcos Frahm

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