O governo Jair Bolsonaro trabalha para receber até o dia 18 de janeiro os dois milhões de doses da vacina de Oxford que devem ser aplicadas no Brasil.
O desembarque do imunizante da AstraZeneca no país se tornou uma das prioridades do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
A informação de que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) se reúne no domingo (17) para decidir sobre a autorização de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19 dá ainda mais peso à corrida do governo pela chegada do imunizante de Oxford.
A vacina da AstraZeneca é a principal aposta do governo para o controle da pandemia no país e, em diversos momentos, a prioridade dada ao imunizante foi alvo de críticas de governadores.
A avaliação na Saúde é a de que a importação das doses da Índia e o desembarque no Brasil abre a possibilidade de o governo dar início à vacinação no país com o imunizante de Oxford.
Por enquanto, a única vacina disponível no país é a Coronavac, que está no centro de uma disputa política entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria.
Integrantes do governo dizem que, caso o imunizante da farmacêutica britânica AstraZeneca chegue ao país até o dia 18, o presidente Jair Bolsonaro vai poder “posar para a foto” de início da campanha de vacinação sem precisar recorrer à vacina que tanto rejeitou e se transformou em moeda política de seu rival.
Para acelerar a chegada da vacina em solo brasileiro, autoridades do governo têm mantido contato direto com a embaixada da Índia.
No último dia 8, o próprio presidente chegou a enviar ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, uma carta pedindo a antecipação “com urgência” do fornecimento dos milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus.
A fabricação da vacina de Oxford no Brasil será realizada pela Fiocruz, em parceria com a AstraZeneca. O acordo firmado com o Ministério da Saúde prevê a fabricação de 100,4 milhões de doses até o primeiro semestre de 2021, sendo 30 milhões no primeiro trimestre.
CNN Brasil
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